
Hoje,foi um dia diferente para mim,foi levar meu carro para consertar no mecânico – no bairro Fragata, no outro lado da cidade, pois moro no Laranjal. Fiquei surpreendido com os ônibus, já explico; o trajeto era Fragata - Simões Lopes, em direção do centro da cidade. O péssimo estado da frota, já não é mais novidade, mas o que me chamou atenção mesmo foi o tratamento dispensado aos idosos, ou seja, pensado pelo poder municipal, no “novo sistema” do transporte coletivo.
Esse, “novo sistema”, que foi implementado nos circulares da cidade, tem uma lógica de organização mercadológica. Os usuários entram pela porta da frente, passam a catraca que também é na frente. No mesmo local, na dianteira do ônibus, ficam lugares reservados a aposentados, pessoas portadoras de necessidades especiais, que tem esse direito garantido pela constituição brasileira. O “interessante” é o apelido dado ao local onde ficam os lugares reservados para quem não paga:“curral”.
O que presencie nesta manhã, do dia 29/01/08, foi um empurra-empurra, dentro dos coletivos, fiquei chocado, logo se vê quem pensou no “novo sistema”, não pensou nos idosos, portadores de necessidades especiais, na minha modesta opinião –“não entende nada do assunto “- é um grande burocrata. Minha desconfiança é que a Prefeitura de Pelotas quer constranger os passageiros que não pagam passagem, ou seja, há uma campanha deliberada de assédio moral com os não-pagantes.
O transporte coletivo de Pelotas sempre foi um tema polêmico e camuflado, conhecido como caixa-preta. As licitações que nunca aconteceram, as planilhas de custos com suas cifras astronômicas, conselho de trânsito, que não sai do papel, e a precariedade dos ônibus que circulam na cidade. Isso tudo se reflete no péssimo atendimento, sem distinção, para pagantes ou não-pagantes, todos sofrem com o poder voraz dos empresários donos das empresas, e claro com o aval do passo municipal.
Pois que trabalhou a vida inteira e contribui para construção desse país:pagando previdência, impostos, não merece esse tratamento. Não podemos nos esquecer, que todos nós, mais cedo ou mais tarde, vamos envelhecer um dia.
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