O artigo abaixo foi extraído do blog http://www.bodegacultural.com,não dá para aturar essa "grande mídia"... Boa leitura
Uma fórmula para não encalhar nas bancas
Certo, creio que fui um dos primeiros a escrever sobre o episódio da “ditabranda” em artigo intitulado “Folha nega o horror nos porões da ditadura”, do dia 20 de fevereiro, inclusive reproduzido no site da Revista Fórum. Depois disso, vários blogueiros, articulistas, jornalistas famosos, anônimos; professores, acadêmicos, sindicatos, ONG's e associações mostraram toda indignação e repúdio em editoriais e artigos ao ato cabotino do jornal.
Reproduzimos aqui os artigos das jornalistas, Elaine Tavares, intitulado “ Não entendi o enrosco!” (o que nos rendeu uma excelente vitrine na Revista Carta Capital), e Conceição Oliveira, que juntamente com Eduardo Guimarães do Cidadania ponto com está convocando o máximo de pessoas para participar do Ato Público em repúdio à "ditabranda" em frente à Folha, dia 07, às 10 horas.
Confesso que relutei em escrever minha opinião sincera sobre a polêmica gerada em torno do neologismo “ditabranda”, mas chegou o momento de fazê-lo, até para não correr o risco de ser mal interpretado pelos colegas ou ser acusado de omisso.
Realmente é algo indignante. Dizer que o estado de terror que se instaurou no Brasil, que matou, torturou, destruiu famílias e suprimiu os direitos constitucionais do cidadão durante 20 anos de ditadura militar foi uma “ditabranda”, é uma afronta, sem precedentes, à memoria dos que tombaram e à dor dos que ainda pranteiam seus mortos.
Frase calculada
Mas sabem o que eu penso de tudo isso? Que os Frias usaram muito bem o neologismo que criaram, também para fazer marketing e não encalhar nas bancas, ou os senhores que defendem esses movimentos repercussivos pensam que o fato de saírem às ruas protestando, queimando jornais e revistas imorais, não desperta o desejo dos que compactuam com seus editoriais de comprá-los cada vez mais para acompanhar os episódios, e a curiosidade dos que nunca leram para saber do que se trata?
Acho muito bacana, é uma forma legitima de manifestarem sua indignação, mas eu não faço por achar que ao fazê-lo estou ajudando os facínoras a venderem cada vez mais. Por isso, não vou fazer publicidade gratuita para os imbecis barões da mídia, que a todo instante publicam epítetos desqualificados como forma de se manterem em evidência e garantir que seus lixos editoriais não encalharem nas bancas, é isso o que eu penso. Se o estúpido que escreveu a frase hedionda se retratasse publicamente, aí sim, ao menos compensaria meu esforço.
Muita gente pode até não gostar de mim por causa da minha sinceridade, pois eu prefiro ter milhões de inimigos sinceros a ter um falso amigo. Por isso, boa manifestação, de forma ordeira e em paz , mas a opinião de Elaine Tavares sobre o "enrosco", a mim, resume tudo e basta.
"Ah, essa nossa gente bonita... Se soubesse a força que tem!" - [Elaine Tavares]
Por: Carlinhos Medeiros
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