sábado, 14 de maio de 2011

Por uma nova Cultura Sindical



 A grande crise de identidade vivida pelos sindicatos é produto de tempo histórico, em que as lutas coletivas, os laços de solidariedade e as utopias foram engolidas por uma voracidade de consumo e por uma voracidade de que o que vale é o tempo presente e que a história que passou ou a que virá no futuro não importa. Importa é viver o presente.

Para acompanhar as rápidas mudanças que acontecem no mundo do trabalho,o movimento sindical precisa de uma reinvenção, sair da lógica de resultados, do forte pragmatismo que permeia sua prática hoje.Os sindicatos de trabalhadores precisam buscar novos significados para sua luta, resgatar antigos e enxergar seu novo papel na sociedade.

O verdadeiro papel do sindicato, - inclusive pelo qual ele surgiu, - não é só ficar pensando no imediatismo do emprego e do salário, mas sua identidade também precisa ter a tarefa de ajudar a pensar outro projeto de sociedade. Para isso, um dos instrumentos mais valiosos na disputa da hegemonia é a cultura, ela pode ser vista sempre como algo inovador e estratégico na formação de uma nova consciência na cultura dos trabalhadores.

Os sindicatos devem incorporar e estimular a produção cultural dos trabalhadores e dos artistas. É um elemento que mobiliza pessoas, produz conteúdo, sensibiliza variados atores. O produto artístico é a concretização de um processo e as obras culturais resultantes têm potencial motivador, conscientizador e acima de tudo, sensibilizador. 


Nenhum comentário: