sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pelotas – REPRESSÃO- Ato Público Dia 1°Março




Ato público está preparado para denunciar abusos da PF e Anatel

A repressão às rádios comunitárias - com fechamento, apreensão de equipamentos e prisão de comunicadores - que a região sul do RS vive é algo que não se tinha visto.

Movimentos sociais, artistas, Abraço-RS e ouvintes começam a se mobilizar contra o avanço da Polícia Federal e Agencia Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Em Pelotas, uma assembléia reuniu mais de 50 pessoas em um Sindicato de Trabalhadores.

"Estamos no ar há mais de seis anos e não temos outorga. Outras rádios na cidade receberam a licença mas têm uso político descarado", denuncia um artista que atua na rádio, presente na assembléia que preferiu não se identificar. "É uma programação de 17 horas, com mais de 80 voluntários envolvidos", desabafa.

A Associação Brasileira de Rádios Comunitárias chama a atenção para um desrespeito antigo à legislação. Concessões públicas vencidas há mais de 20 anos seguem operando sem ter seu processo avaliado ou sequer questionado.

Segundo Heitor Reis, um dos coodernadores da Abraço-RS, destaca que a Rádio Guaíba, de Porto Alegre, está há 10 anos exercendo a mais fragorosa pirataria".
Por outro lado, as entidades registradas em cartório e sem fins lucrativos, que mantém as rádios comunitárias, administradas por cidadãos de bem, perfeitamente identificados, residentes e domiciliados em local conhecido, dando a este meio de comunicação a função social para a qual ele foi predestinado, são insistentemente acusadas de funcionar sem outorga, reitera Heitor.

ATO PÚBLICO

Duas grandes plenárias, reunindo mais de 100 pessoas, foram realizadas no Sindicato dos Bancários, com uma grande participação dos rádios-companheiros, ouvintes e simpatizantes do projeto. Foi deliberado pelo coletivo que haverá um grande ato público com apoio da classe artística da cidade Pelotas no dia 1º de março, às 10h da manhã, na Esquina Democrática (Calçadão da Sete). Esse ato terá o caráter de denunciar as atrocidades cometidas pela Policia Federal e a Anatel.


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Por Daniel Hammes
Núcleo Popular de Jornalismo

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